O que você precisa saber sobre microplásticos

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Atualizado em 17.07.2023 | Postado em 28.03.2023
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Talvez você já tenha ouvido falar sobre microplásticos e os possíveis impactos no meio ambiente e na nossa saúde. Neste texto, a gente te explica um pouco mais sobre o assunto e apresenta opções para substituí-los na sua rotina.

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O que são microplásticos?

Os microplásticos são pequenas partículas de plástico, menores que 5 milímetros, que resultam do desenvolvimento de produtos comerciais, como em cosméticos, e da quebra de plásticos maiores. 

Sabe aqueles pontinhos que facilmente encontramos em esfoliantes, cremes dentais e em outros cosméticos ou itens de higiene? Pois bem, é muito comum que sejam microplásticos.

A origem dos microplásticos

Para entender como os microplásticos se formam, é interessante saber que eles podem ser de origem primária ou secundária. Os de origem primária já são fabricados nesse tamanho micro, então, desde o princípio, já são produzidos para atender uma demanda, como os exemplos dos esfoliantes e cremes dentais.

Há, também, microplásticos de origem secundária, que são micropartículas derivadas de plásticos maiores por algum tipo de desgaste ou degradação, como sacolas e garrafas plásticas, pneus de automóvel, tecidos, e tantas outras formas.

Ao mesmo tempo que essas pequenas partículas apresentam funcionalidades, como promover uma limpeza mais profunda pelo atrito, há indícios de que podem interferir no meio ambiente e na nossa saúde.

Qual o impacto dos microplásticos no ambiente?

Um dos caminhos que os microplásticos percorrem até atingirem o meio ambiente é por meio das estações de tratamento de água. Isso pode acontecer porque é comum a utilização de água corrente para remover cosméticos ou maquiagens que contêm microplásticos, como o glitter e esfoliantes.

Por serem muito pequenas, essas partículas podem atravessar todas as etapas do sistema de tratamento, mesmo que tenham filtragens. E, como muitas estações desaguam em rios e mares, os microplásticos acabam chegando no meio ambiente e podem interferir de diferentes formas. Acompanhe algumas delas:

Vida marinha

Os peixes e outros animais marinhos que absorvem os microplásticos, ficam com essas minúsculas partículas em seus organismos por muito tempo, o que acaba contribuindo para um ciclo de contaminação na cadeia alimentar.

Carona para substâncias nocivas

Outro ponto de atenção é a capacidade que os microplásticos têm de transportar substâncias tóxicas, atuando como uma carona para metais pesados e diversos outros elementos. Ao entrarem em contato com a fauna e a flora, os microplásticos inalterados e carregados dessas substâncias podem ser ainda mais nocivos por seu potencial de poluição.

Oceanos de plásticos

Atualmente o plástico é o tipo de resíduo mais comum encontrado nos oceanos. De acordo com relatório da ONU, ele representa 85% dos resíduos e a tendência é que esse percentual aumente. 

Você lembra que falamos que os microplásticos podem ter origem secundária, ou seja, que podem surgir da degradação de materiais feitos de plástico? Por isso que o acúmulo desses resíduos nos mares também é um dos caminhos para que essas substâncias cheguem à vida marinha.

Por esse motivo, demandar atenção a essa questão é tão importante, pois a crescente produção somada a práticas inadequadas contribuem para o aumento de microplásticos no meio ambiente, afetando a cadeia de organismos vivos e a saúde humana.

Como os microplásticos afetam a nossa saúde?

Para responder a essa questão, vamos revisitar alguns estudos científicos bem recentes, já que o tema ainda é uma novidade.

Vias de exposição

Um fato bem curioso e que chamou a atenção é que a ingestão é apenas uma das vias às quais estamos expostos aos microplásticos. Pela inalação do ar, pela pele através de cosméticos ou pela poeira, o nosso organismo também pode entrar em contato com essas micropartículas, o que pode estar associadas com doenças respiratórias e cardiovasculares.

Sangue

Os microplásticos podem entrar em contato com nosso organismo de várias formas, como já citado acima. E, já dentro do nosso corpo, esses resíduos podem chegar à corrente sanguínea como comentam cientistas.

Leite materno

Em um estudo feito com mães no período de seu pós-parto, foi coletado leite materno e nele encontrado microplásticos.  A preocupação nesse caso é pela possibilidade de estarmos expostos já na fase inicial da vida.

Toxicidade em foco

Há pesquisas que levantam a possibilidade que os efeitos tóxicos dos microplásticos no nosso corpo possam estar relacionados com estresse oxidativo e inflamação. O estudo publicado no The Royal Society of Chemistry’s, avaliou o nível de exposição humana a micropartículas em geral, incluindo as plásticas.

Vale destacar que estudos recentes falam que os microplásticos estão associados a efeitos tóxicos. Por isso, podem contribuir para uma poluição no nosso corpo quase que invisível, e se somarem ao que chamamos de carga tóxica, ao lado de outras substâncias que podem ser consideradas nocivas para nós.

Uma das estratégias que nos ajudam a lidar com esses efeitos é reduzir o contato com produtos que apresentem essas substâncias, e ajudar o nosso corpo no seu processo natural de desintoxicação.

Para entender melhor
O que é carga tóxica e quais são seus efeitos no organismo
Carga tóxica: o que é, efeitos e como desintoxicar o corpo

Onde encontramos microplásticos?

Como já visto, microplásticos estão presentes em diversos produtos utilizados diariamente, como nos cosméticos, nos itens de higiene, nos tecidos, e em outros materiais. Veja alguns exemplos que você encontra no seu dia-a-dia.

Produtos de limpeza

Os produtos de limpeza também podem conter microplásticos em sua formulação, como lenços umedecidos e esponjas de lavar louça. Uma alternativa é buscar produtos biodegradáveis, como as buchas vegetais.

Tecidos

A liberação de microplásticos a partir dos tecidos pode acontecer de várias formas, dentre elas no momento da lavagem e secagem. Principalmente os tecidos sintéticos, produzidos com matéria-prima petroquímica. As fibras vão se desprendendo e liberando microplásticos. 

Roupas feitas de nylon, acrílico, poliéster e poliuretano são alguns exemplos de tecidos sintéticos que contêm plástico em sua composição. Ótimas opções de tecidos sem microplásticos são os naturais, como o algodão, a lã e o linho, que também são materiais biodegradáveis.

Cosméticos

Já populares na rotina de skincare, os esfoliantes possuem microesferas que são produzidas com a intenção de auxiliar em uma limpeza mais profunda, removendo as células mortas acumuladas na superfície da pele e estimulando a renovação celular por meio do atrito com a pele. Boa parte deles utilizam microplásticos para isso, mas há opções feitas com ingredientes biodegradáveis.

As sementes de damasco são naturais e biodegradáveis. O ingrediente promove uma renovação celular gentil e eficiente para esfoliar a pele, sem agredir o nosso corpo e a natureza.

Opções seguras

Agora que você já sabe que existem produtos feitos com ingredientes biodegradáveis e naturais para substituir os microplásticos, pode estar se perguntando como identificá-los.

A primeira dica é sempre dar uma conferida no rótulos do produto. Também escolher opções com certificações que asseguram que sua escolha é livre dessas substâncias. Para isso, temos outra dica! Conheça o selo EWG Verified™, utilizado em cosméticos que são seguros que respeitam os mais altos níveis de segurança, principalmente quando o assunto é cosméticos.

A certificação é um ótimo parâmetro e um dos mais criteriosos do mundo, cedido pela instituição EWG que promove iniciativas para proteger a saúde pública e o meio ambiente. 

Siga com a leitura e saiba mais sobre a EWG para apoiar suas escolhas e para cuidar de você, da sua saúde e do meio ambiente.

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